CRÓNICAS E ARTIGOS
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
JESUS GOMES: O ATEU QUE CRIOU A COCA COLA
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
MORREU AOS 48 ANOS SINDIKA DOKOLO, MARIDO DE ISABEL DOS SANTOS
PRESIDENTE DO MPLA LAMENTA DETENÇÃO DE JORNALISTAS
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
MEMBROS DA MESMA FAMÍLIA MORREM DEPOIS DE CONSUMIREM COMIDA CONGELADA HÁ UM ANO
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
MENSAGEM DOS RECÉM FORMADOS EM CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO AOS SEUS PROFESSORES
Excelentíssimos Professores, excelência Sr. Presidente da Associação dos Estudantes da Universidade Independente de Angola, Aricledes Coelho, queridos colegas, minhas senhoras e meus senhores;
É com grande alegria que nos reunimos neste lugar para celebrarmos o início de uma nova era, uma nova etapa na nossa formação académica, a da licenciatura.
Desde então, esperamos que nos entendam, pois não é fácil exibir a nossa gratidão pelos benefícios recebidos, quer materiais, académicos e espirituais.
Talvez, só dizer obrigado não seja suficiente para reconhecer a laboriosidade dos nossos mega professores.
O mês de março de 2016 marca o início de uma jornada trilhada por jovens sonhadores vindos de diversas partes do nosso belo país com puros ideais de ganharem mais sabedoria, aumentar o nível académico, e principalmente a educação Cívica.
Como recém-nascidos, academicamente falando, julgávamos que a luta seria fácil e até chegamos a pensar que a Universidade fosse um mar de rosas, se olharmos para o número de cadeiras que o curso possui logo no primeiro ano e as compararmos com as 12 ou 13 disciplinas do ensino médio. “Só 6?” Questionamos. É bobeira” respondiam alguns colegas, enquanto que outros a: “vamos bater esse mambo”.
Na verdade, era um filme de muita imaginação, igual aos do Steven Seagal. Estávamos enganados. Com a ajuda dos seniores na caminhada, percebemos que a Universidade não é mais o mundo do copy past. Estude ou estude, tinha se tornado o nosso desafio diário.
Havíamos percebido que estava na hora de mudar de comportamento, pois durante a nossa hospedagem temporária na UnIA, percebemos que para alcançar determinados objectivos, tínhamos de ser perseverantes, pacientes, optimistas e acima de tudo, sermos humildes na aquisição do conhecimento científico e na formação integral do homem. Precisávamos ainda nos aguçar como homens académicos, razão pela qual, queríamos tomar o “chá quente da UnIA” e ficarmos preparados para as adversidades que adviessem, pese embora durante o quadriénio reagíssemos, em alguns momentos, como estudantes desandantes.
Reconhecemos e sentimos que a vida intelectual é feita de lamentações, sofrimentos, sacrifícios, remorsos, sem descurar dos momentos felizes ou alegres que vivemos na Independente de Angola.
Com muita coragem e sacrifício conseguimos entrar no reino celestial de 2019 como FINALISTAS, embora na altura, o coração estivesse apertado pela pauta e pelas cadeiras que ficaram por concluir, mas estamos são e salvos e bem munidos para novos desafios que a vida nos há – de presentear.
Lamentavelmente, houve momentos em que nos sentíamos coisificados, e de alguma forma chateados. Para além disso, houve outrossim, momentos lindos e marcantes, referimo-nos aos nossos sucessos e insucessos académicos.
Como estudantes, confessamos a nossa pouca “insciência”, contudo alguns professores não alimentaram a nossa fome intelectual, não nos satisfizeram na integra, por variadas razões:
a) Viam o estudante como rival e não como discípulo;
b) Por vezes não deixavam o estudante exteriorizar as suas dúvidas;
c) Improviso de algumas aulas. Não as preparavam com sanidade mental e perícia pedagógica;
Quanto a nós, a timidez, o medo de ser expulso ou esculhambado diante dos colegas e a preguiça mental estiveram na base do insucesso. Tivemos que pôr à cabeça para a devida reviravolta.
Queridos professores, leremos e carregaremos os vossos ensinamentos todos os dias e em qualquer lugar. Sem licença, levaremos os vossos benditos nomes onde quer que a gente vá. Sentiremos muita falta das aulas, das arrumações a moda italiana e ensinamentos do Professor de Economia Política, José Faria, e o mestre dos mestres Dr. Adérito Quizunda, que nos ensinou a olhar para além da parede, muito obrigado por esta brilhante analogia.
Caríssimos, o único homem que está isento de erros, é aquele que não arrisca acertar. De antemão, perdão pelo desrespeito, pelas inverdades e pela maçada que vos demos. É nos sensacional dizer: “muito obrigado a Deus” pela proteção diária e por ter trilhado conosco este árduo caminho rumo ao sucesso, a UnIA pelo acolhimento e formação, aos professores pela paciência e pela transmissão de conhecimentos, as nossas famílias pelo apoio moral e financeiro que a nós dedicaram.
O nosso muito obrigado ao Professor que marcou a nossa passagem na UnIA por sua humildade académica, Feliciano Ngodi, ao Professor Carlos Calongo pelos seus ensinamentos e momentos marcantes, tão marcantes que a colega Indira dos Santos até hoje lembra o dia que ficamos sem aula por não termos levado Jornal para aula, ao Professor “estratega” Rui Kandove que sempre nos orientou sabedoria em projectos que com Ele trabalhámos e isso contribuiu para o nosso crescimento, ao Professor, Papá e Conselheiro Benedito Sipandeni pelo acompanhamento que dedicou a cada um de nós, ao Professor Sebastião dos Santosp pela experiência vivenciada com os estudos de mercados que lamentavelmente não chegamos a publicá-los por razões desconhecidas, situação que nos deixa indignados até hoje, ao Professor Felisberto Filipe peloe encorajamentonos momentos mais sombrios da nossa formação, por acreditar e apostar sempre em nós, - “Eu posso, eu consigo, eu sou capaz”, dizia o grande FF e nosso obrigado ao Professor Mayer Machado pela rigor, algo que lhe é característico.
Formamo-nos em três turnos diferentes e o nosso eterno lema é: FORMAR, INFORMAR E ENTRETER.
Hoje nos comprometemos em dar o nosso contributo para uma Angola melhor graças ao conhecimento que aqui recebemos.
A Covid-19 destapou algumas cubas e revelou o que precisa ser melhorado em termos sociais para que tenhamos o país que todos desejamos.
A taxa de desemprego cresceu lamentavelmente nos últimos tempos por conta de políticas que precisam ser melhoradas e adaptadas a realidade social de Angola, mas tal só virá acontecer quando deixarmos as diferenças de lado e andar lado a lado para reconstrução deste belo país.
A liberdade de imprensa, o pluralismo de informação e o combate a intervenção política nos órgãos de comunicação social é outra missão que abraçamos rumo a qualidade e eficiência que muito se pede na Comunicação Social, particularmente a pública.
Angola nossa terra, nossa mãe pátria, diante de ti e dos nossos professores juramos dar o nosso melhor para ver-te sorrir de orgulho pelo que nos tornaremos.
Mahatma Ghandi dizia “O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles que veem e deixam o mal ser feito”.
Qual deles é você?!!!
Muito obrigado pela atenção dispensada!
Universidade Independente Angola, 15 de Outubro de 2020.