CRÓNICAS E ARTIGOS

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

PRESIDENTE DO MPLA LAMENTA DETENÇÃO DE JORNALISTAS

O Presidente do MPLA, João Lourenço, lamentou, esta quarta-feira, as detenções, pela Polícia Nacional, de jornalistas devidamente credenciados e no pleno exército das suas funções, durante a manifestação frustrada de sábado.


João Lourenço, que falava na abertura da IV reunião ordinária do Comité Central do MPLA, disse esperar que a situação, ocorrida durante a tentativa de manifestação frustrada pela PN, não volte a acontecer.

No último sábado, dezenas de cidadãos tentaram protestar contra a não indicação de uma data para as eleições autárquicas, a falta de emprego e por melhores condições sociais.

No mesmo encontro, o líder do MPLA, recordou que a juventude é a franja maioritária da população angolana e o país tem muito orgulho dos seus jovens.

“Temos muito orgulho (…) não só pelo que já deram ao país, se tivermos em conta que foram os jovens que libertaram o país do jugo colonial, mas porque são jovens os principais quadros que asseguram” os importantes sectores da vida nacional, disse João Lourenço.

Não obstante a pandemia da Covid-19, lembrou que o país não está parado.

No quadro económico, o também Presidente da República reafirmou a aposta na produção interna de bens agrícolas e industriais de primeira necessidade.

Segundo João Lourenço, uma das intenções desta aposta é aumentar a oferta de bens agrícolas e industriais, para reduzir as importações, aumentar as exportações e garantir mais empregos, essencialmente, para a juventude.

No entender do Presidente do MPLA, o aumento da oferta de empregos vai acontecer com a entrada em funcionamento, em breve, de importantes indústrias, construídas com dinheiro público, que estiveram paradas por gestão danosa.

O mesmo acontecerá, também apontou, com a implementação dos programas de transportes e vias de comunicação, bem como do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).

De acordo com João Lourenço, tal como se passa no resto do mundo, também em Angola, como consequência dos efeitos nefastos da Covid-19, o mercado de trabalho se contraiu, porque há empresas que fecharam e outras que, por força do cumprimento das medidas impostas pela Covid-19, trabalham apenas com parte da sua força.

Congratulou-se com a abertura de novas unidades de produção industrial, que se dedicavam a importação e agora, apesar de o mercado de emprego se ter contraído, se dedicam a comercialização.

"O esforço que o Executivo e o sector empresarial privado vêm fazendo na manutenção e criação de emprego está visível aos olhos de todos, mas o pleno emprego não se alcança em períodos de crise económica e de pandemia mundial profunda", salientando.

Considera que o "milagre” do pleno emprego em época de crise ainda não foi realizado por ninguém, portanto não é de se esperar que venha a acontecer em Angola.

Noutra vertente, o líder do MPLA apelou aos jovens, no sentido de não se deixarem manipular por aqueles que não têm condição de resolver os problemas de educação, saúde, habitação e emprego.

Estes problemas já estão a ser resolvidos, à medida do possível, pelo Executivo e seus parceiros do sector empresarial privado, frisou.

Notou que, apesar da conjuntura, aumentou a oferta de salas de aula, unidades hospitalares bem equipadas, de alojamentos habitacionais e de empresas e unidades industriais que empregam jovens. 

Na reunião desta quinta-feira, João Lourenço anunciou que as festividades do 10 de Dezembro, data da fundação do MPLA, que este ano assinala o 64º aniversário, estão adequadas ao actual contexto de pandemia.

Por essa razão, exortou os angolanos e os membros do MPLA a darem bons exemplos, cumprindo com rigor as recomendações das autoridades que vigorarem na altura.

A decorrer até sexta-feira, a IV reunião ordinária do Comité Central do MPLA debruçar-se-á, além de questões internas do Partido, sobre temas ligados aos transportes e vias de comunicação, assim como o PIIM.

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