Excelentíssimos Professores, excelência Sr. Presidente da Associação dos Estudantes da Universidade Independente de Angola, Aricledes Coelho, queridos colegas, minhas senhoras e meus senhores;
É com grande alegria que nos reunimos neste lugar para celebrarmos o início de uma nova era, uma nova etapa na nossa formação académica, a da licenciatura.
Desde então, esperamos que nos entendam, pois não é fácil exibir a nossa gratidão pelos benefícios recebidos, quer materiais, académicos e espirituais.
Talvez, só dizer obrigado não seja suficiente para reconhecer a laboriosidade dos nossos mega professores.
O mês de março de 2016 marca o início de uma jornada trilhada por jovens sonhadores vindos de diversas partes do nosso belo país com puros ideais de ganharem mais sabedoria, aumentar o nível académico, e principalmente a educação Cívica.
Como recém-nascidos, academicamente falando, julgávamos que a luta seria fácil e até chegamos a pensar que a Universidade fosse um mar de rosas, se olharmos para o número de cadeiras que o curso possui logo no primeiro ano e as compararmos com as 12 ou 13 disciplinas do ensino médio. “Só 6?” Questionamos. É bobeira” respondiam alguns colegas, enquanto que outros a: “vamos bater esse mambo”.
Na verdade, era um filme de muita imaginação, igual aos do Steven Seagal. Estávamos enganados. Com a ajuda dos seniores na caminhada, percebemos que a Universidade não é mais o mundo do copy past. Estude ou estude, tinha se tornado o nosso desafio diário.
Havíamos percebido que estava na hora de mudar de comportamento, pois durante a nossa hospedagem temporária na UnIA, percebemos que para alcançar determinados objectivos, tínhamos de ser perseverantes, pacientes, optimistas e acima de tudo, sermos humildes na aquisição do conhecimento científico e na formação integral do homem. Precisávamos ainda nos aguçar como homens académicos, razão pela qual, queríamos tomar o “chá quente da UnIA” e ficarmos preparados para as adversidades que adviessem, pese embora durante o quadriénio reagíssemos, em alguns momentos, como estudantes desandantes.
Reconhecemos e sentimos que a vida intelectual é feita de lamentações, sofrimentos, sacrifícios, remorsos, sem descurar dos momentos felizes ou alegres que vivemos na Independente de Angola.
Com muita coragem e sacrifício conseguimos entrar no reino celestial de 2019 como FINALISTAS, embora na altura, o coração estivesse apertado pela pauta e pelas cadeiras que ficaram por concluir, mas estamos são e salvos e bem munidos para novos desafios que a vida nos há – de presentear.
Lamentavelmente, houve momentos em que nos sentíamos coisificados, e de alguma forma chateados. Para além disso, houve outrossim, momentos lindos e marcantes, referimo-nos aos nossos sucessos e insucessos académicos.
Como estudantes, confessamos a nossa pouca “insciência”, contudo alguns professores não alimentaram a nossa fome intelectual, não nos satisfizeram na integra, por variadas razões:
a) Viam o estudante como rival e não como discípulo;
b) Por vezes não deixavam o estudante exteriorizar as suas dúvidas;
c) Improviso de algumas aulas. Não as preparavam com sanidade mental e perícia pedagógica;
Quanto a nós, a timidez, o medo de ser expulso ou esculhambado diante dos colegas e a preguiça mental estiveram na base do insucesso. Tivemos que pôr à cabeça para a devida reviravolta.
Queridos professores, leremos e carregaremos os vossos ensinamentos todos os dias e em qualquer lugar. Sem licença, levaremos os vossos benditos nomes onde quer que a gente vá. Sentiremos muita falta das aulas, das arrumações a moda italiana e ensinamentos do Professor de Economia Política, José Faria, e o mestre dos mestres Dr. Adérito Quizunda, que nos ensinou a olhar para além da parede, muito obrigado por esta brilhante analogia.
Caríssimos, o único homem que está isento de erros, é aquele que não arrisca acertar. De antemão, perdão pelo desrespeito, pelas inverdades e pela maçada que vos demos. É nos sensacional dizer: “muito obrigado a Deus” pela proteção diária e por ter trilhado conosco este árduo caminho rumo ao sucesso, a UnIA pelo acolhimento e formação, aos professores pela paciência e pela transmissão de conhecimentos, as nossas famílias pelo apoio moral e financeiro que a nós dedicaram.
O nosso muito obrigado ao Professor que marcou a nossa passagem na UnIA por sua humildade académica, Feliciano Ngodi, ao Professor Carlos Calongo pelos seus ensinamentos e momentos marcantes, tão marcantes que a colega Indira dos Santos até hoje lembra o dia que ficamos sem aula por não termos levado Jornal para aula, ao Professor “estratega” Rui Kandove que sempre nos orientou sabedoria em projectos que com Ele trabalhámos e isso contribuiu para o nosso crescimento, ao Professor, Papá e Conselheiro Benedito Sipandeni pelo acompanhamento que dedicou a cada um de nós, ao Professor Sebastião dos Santosp pela experiência vivenciada com os estudos de mercados que lamentavelmente não chegamos a publicá-los por razões desconhecidas, situação que nos deixa indignados até hoje, ao Professor Felisberto Filipe peloe encorajamentonos momentos mais sombrios da nossa formação, por acreditar e apostar sempre em nós, - “Eu posso, eu consigo, eu sou capaz”, dizia o grande FF e nosso obrigado ao Professor Mayer Machado pela rigor, algo que lhe é característico.
Formamo-nos em três turnos diferentes e o nosso eterno lema é: FORMAR, INFORMAR E ENTRETER.
Hoje nos comprometemos em dar o nosso contributo para uma Angola melhor graças ao conhecimento que aqui recebemos.
A Covid-19 destapou algumas cubas e revelou o que precisa ser melhorado em termos sociais para que tenhamos o país que todos desejamos.
A taxa de desemprego cresceu lamentavelmente nos últimos tempos por conta de políticas que precisam ser melhoradas e adaptadas a realidade social de Angola, mas tal só virá acontecer quando deixarmos as diferenças de lado e andar lado a lado para reconstrução deste belo país.
A liberdade de imprensa, o pluralismo de informação e o combate a intervenção política nos órgãos de comunicação social é outra missão que abraçamos rumo a qualidade e eficiência que muito se pede na Comunicação Social, particularmente a pública.
Angola nossa terra, nossa mãe pátria, diante de ti e dos nossos professores juramos dar o nosso melhor para ver-te sorrir de orgulho pelo que nos tornaremos.
Mahatma Ghandi dizia “O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles que veem e deixam o mal ser feito”.
Qual deles é você?!!!
Muito obrigado pela atenção dispensada!
Universidade Independente Angola, 15 de Outubro de 2020.
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