terça-feira, 18 de agosto de 2020

"A JUSTIÇA EM ANGOLA É UMA UTOPIA"

São várias as histórias de maus procedimentos no sector da Justiça em Angola. Os casos mais mediáticos dos últimos tempos fazem com que cada um reflicta sobre quê PAÍS temos ou teremos no país.



Paulo Txissola, jovem Angolano, Natural da província de Luanda, nascido aos 25 de Maio é formado em Direito pela Universidade Independente de Angola. Convidado para uma conversa, o Jurista conta que não vê em Angola uma justiça comprometida com o bem-estar dos tribunais em representação do povo.

"A Justiça em Angola, ainda é uma utopia. Os Tribunais, apesar de serem órgãos de Soberania, ainda permite-se que a Política intervenha nas suas decisões".

Para Paulo Txissola os Tribunais estão de certa maneira politizados. "É só repararmos a forma como estão a ser ou como foram julgados os casos recentes (Ex: 500 MILHÕES DE DÓLARES), envolvendo o dinheiro do Estado", acrescentou.



Numa conversa super agradável e relaxante em tempos de Pandemia, Paulo revelou o motivo de ter escolhido a formação é ciências jurídicas.

"Escolhi o curso de Direito, porque conta com uma área de actuação bastante ampla, o que costuma ser um atractivo diante da flexibilidade que proporciona e é importante entender os benefícios oferecidos pelo curso". Você conhece melhor os seus direitos, desabafou.

De acordo com Paulo "conhecimento nunca é demais e infelizmente quando não sabemos quais são os nossos direitos, podemos entender a lei, quais são as suas garantias previstas, ajudam a lhe dar com os problemas".

Paulo Txissola explicou que a área proporciona uma diversidade de carreiras apesar da advocacia ser a mais comum quando se fala sobre o curso. "O curso tem relação com diversas profissões" finalizou.


QUAIS SÃO OS PLANOS PARA FUTURA CARREIRA COMO JURISTA


Um dos meus grandes objectivos é me potencializar a cada dia, para dar respostas e tratamento a altura em matérias jurídicas e a ajudar o nosso país a desenvolver o nosso sistema jurídico.

SE TIVESSE QUE ESCOLHER OUTRO CURSO, QUAL SERIA?


Gestão de Recursos Humanos, por ser aplicação de um conjunto de conhecimentos técnicos administrativos especializados no gestão das relações das pessoas, para atingir objectivos organizacionais. Uma área que requer muita estratégia que irá exigir de mim desenvolvimento a cada dia.



Pensar que o Jurista só sabe vestir os fatos mais badalados, o "último grito" da Louis Vuitton e carregar uma 'pilha' de livros nas mãos é uma autentica utopia. Num outro capítulo da conversa com Câmia Cuenda, Paulo falou sobre sua maior paixão (FOTOGRAFIA) que lhe "permitiu ver e aprender a ser muito criativo e dinâmico".

"A minha paixão pela fotografia começou em 2015, quando entrei num projecto com dois amigos (Sílvio e Jaime )".


A fotografia é a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando-as em uma superfície. "Através da fotografia consegui ver além daquilo que a lente me permitia ver e aprendi a ser muito criativo e dinâmico", revelou.

COMO AS PESSOAS O DESCREVEM?

As pessoas descrevem-me como um jovem com uma auto-estima elevada, que está sempre bem disposto para novos desafios, pois não vejo obstáculos para alcançar o pretendido, um jovem calado com uma mente barulhenta.

SE FOSSE PRESIDENTE DA REPÚBLICA O QUE MUDARIA NO SEU PAÍS?


  • O sistema educacional do País.
  • A Saúde
  • A Agricultura
  • Incentivo no Turismo
  • Combate à pobreza
  • E a luta a corrupção

QUANDO OLHA PARA OS PROBLEMAS QUE O PAÍS VIVE, O QUE LHE VEM A CABEÇA?

Tenho dito o seguinte: Se queremos mudar uma nação, temos de investir em nós, Mentes brilhantes nação desenvolvida. E assim estaremos a busca de mecanismos para dirimir os problemas do país.



Empreendedorismo é outra área de interesse de Paulo que pretende continuar na Red Carpet. "acabei tendo uma visão ampla em negócios, organização pessoal, Organização financeira.Posso afirmar que a Red Carpet ajudou-me muito e é uma família".

CONTE-NOS ALGO INÉDITO SOBRE VOCÊ?

"Parece que não mas, sou muito romântico"







quarta-feira, 12 de agosto de 2020

"A MODA FARÁ SEMPRE PARTE DE MIM"

A moda com certeza é um "modus vivendi", um conceito que trascende culturas e povos, um estilo de vida que coloca na balança credos e crenças. A sua plenitude e multiculturalidade faz com que muitos se identifiquem com novas tendências e conceitos adaptados aos tempos modernos.

Câmia Cambanda, jovem angolana, natural da província de Luanda vê a moda como parte de si, mas as circunstâncias da vida forçaram-na a afastar-se dessa arte que sempre gostou.

"A moda sempre fará parte de mim".

Foi difícil deixar de fazer parte dessa arte que sempre gostei, mas primeiro deixei por vontade própria por algumas ocupações.

Por que desisitiu da moda?

Fui modelo por 6 anos, durante esses anos tive a oportunidade de fazer parte de uma formação de actores em Angola, depois da formação participei da série Plano B, série Makongo e figuração em alguns projectos.



"Ainda tenho uma grande paixão
pela moda mas não pretendo
voltar a ser modelo".

A Juventude am Angola sabe lhe dar com a fama?

A juventude Angolana não sabe lhe dar com a fama coisa que é bem visível nos dias de hoje. Muitos jovens famosos vivem o momento e esquecem-se o dia de amanhã. Perdem a identidade, a humildade e tornam-se imediatistas.


Numa conversa virtual sobre seus planos, a futura comunicologa revelou gostar de discutir sobre meios culturais, sendo esta uma das razões que a levou para escolher a formação Universitária em Ciências da Comunicação.

“Escolhi o curso de Ciências da Comunicação porquê sempre gostei muito de discutir sobre os meios culturais: música, cinema, moda, etc. E não há nada melhor do que um Jornalista para discutir esses assuntos. E seja em revistas especializadas ou até mesmo em pequenas colunas de jornais... É, lá se vai mais encanto na minha cabeça”.

"Comunicar, informar e até mesmo opinar. Acho que toda essa combinação consegue resumir ou, ao menos, explicar o porquê da minha escolha e admiração por esse curso. Comunicação Sempre foi a minha paixão desde muito pequena" acrescentou a futura Jornalista que pretende trabalhar no sector da comunicação social no país.

Quais são as suas referências na comunicação social angolana e mundial?
As minhas referências na comunicação Social em Angola são: Mara D´alva, Edilson Pitra e Zuleica Wilson.

Se tivesse que escolher outro curso, qual seria?

A minha outra licenciatura seria de Gestão e Marketing. Ser empreendedora também faz parte de mim.



"Tenho a minha pequena empresa

de decoração e outra de vestuários e acessórios femininos por tanto pretendo também aprofundar edestacar-me nessa área".





Como as pessoas a descrevem?

As pessoas descrevem-me como sendo: inteligente, Amiga, divertida, educada e carismática. Para mim a educação sempre será primordial em qualquer parte do mundo, pessoas educadas fazem toda diferença.


"Saber ouvir é uma virtude, aprender todos os dias faz bem a 

todo ser como pessoa e partilhar

o que sabemos é ainda melhor".



Ser inteligente e educada faz parte de mim e do meu caráter.
Apesar do mau momento que Angola e o Mundo atravessam por conta da Pandemia da Covid-19, Câmbia conta que o novo coronavírus não atrapalhou os seus planos.

"A Covid-19 não atrapalhou os meus planos para o futuro. Atrasou algumas coisas que serão possíveis concertar com o passar do tempo. De momento estou em fase de adaptação ainda, porque è difícil mudar a rotina da noite para o dia".

Quando olhas para os problemas do país, o que lhe vem a cabeça?

Ainda é muito difícil acordar e lembrar que o mundo atualmente está viver situações muito complicadas devido a pandemia que assola o mundo inteiro. Se não fosse a Covid-19 estaria desenvolvendo outros projectos, concluindo a minha formação superior e outras coisas mais.


Nasicida aos 21 de Março no Municipio do Cazenga, província de Luanda, Câmia Cambanda é uma jovem Empreendora e Estudante da Universidade Independente de Angola onde frequentava o 4º ano no Curso de Ciência da Comunicação.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

O QUE FAZ O PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS

Como foi dito na publicação passada, Relações públicas é "um processo estratégico de comunicação que constrói relacções (PONTE) de benefício mútuo entre as organizações e seus públicos" mas o que não foi:

O que faz o profissional de relações públicas?


O RP tem a função de analisar a organização em suas diversas dimensões e possibilidades para estabelecer planos estratégicos que transmitam a melhor mensagem e imagem da empresa. Ele é um gestor da comunicação e atua de forma estratégica nos mais diversos campos da empresa.

Esse profissional é peça-chave para uma empresa: nele são centralizadas as diferentes demandas comunicacionais que, juntas, afectam a conjuntura do negócio.

Todas essas demandas compõem a agenda do RP, que tem então o encargo de fazê-las acontecer da melhor maneira possível. Isso significa proteger, manter e/ou criar uma boa imagem através da media junto ao público.

Ele precisa se relacionar de forma directa e clara com o público, no sentido de estreitar relações e evitar ruídos.

As principais actividades do RP incluem:
Elaborar o plano de comunicação de uma organização.

Esse pode parecer um tópico bem vasto. E, de fato, ele é.

Elaborar o plano de comunicação de uma organização não é fácil e exige dinamismo, senso crítico, responsabilidade e muito jogo de cintura.

O profissional de relações públicas tem a grande responsabilidade de delinear um plano que abarque tanto a comunicação interna quanto externa da empresa.

Por isso, é fundamental que ele tenha uma visão holística da empresa, seus valores, serviços e objectivos, e consiga transmitir isso no seu planeamento.

E isso é feito através do alinhamento do time de comunicação da empresa (publicidademarketingdesign e jornalistas). É claro que o RP não executa cada uma dessas funções e nem precisa ter conhecimentos profundos sobre elas, mas é ele quem vai conseguir que esses times trabalhem juntos em uma mesma direção.

Por fim, esses esforços resultam em ações comunicacionais, como o branding (tema da próxima publicação), o posicionamento em redes sociais, a criação de veículos de comunicação interna (como TV e jornal corporativo) e a forma de comunicar-se com a imprensa.

Tudo isso contribui para que a organização consiga se posicionar perante os públicos e para que os objectivos sejam cumpridos.

Escrever press releases


O press release, ou comunicado à imprensa, como o próprio nome sugere, é um anúncio ou informativo para os veículos de comunicação acerca de actividades da empresa. Apesar de parecer simples, redigir e divulgar um press release não é uma tarefa fácil.

O press release pode ser apenas uma coisa que a empresa deseja comunicar, como um novo serviço ou um novo posicionamento de marca, mas pode também ser uma reação a algum facto anterior (uma polêmica, por exemplo).

Em ambos os casos, é essencial o cuidado na escolha das palavras, do porta-voz da mensagem, do tom de voz e até mesmo do momento em que é feito o press release. Um press release mal feito pode causar desentendimentos, reações adversas e até mesmo crises na organização.

Porém, se bem-feito, ele resulta em ótimos momentos para a empresa e uma visão e fala positivas da media e dos públicos.
Organizar eventos

Os eventos internos e externos da empresa têm diversos objectivos, e fazer com que eles sejam bem executados e agradáveis é essencial.

O RP organiza toda a logística para que ela funcione da melhor maneira possível e atenda os objectivos do evento para a empresa.

Conduzir pesquisas de mercado

Compreender o mercado é fundamental para o trabalho de relações públicas.

É preciso entender o comportamento dos consumidores, dos potenciais clientes, das pessoas que interagem com sua marca através de um mapeamento dos públicos.

Por isso, pesquisas de mercado são muito úteis. Elas são feitas em conjunto com outros profissionais e equipas, sendo o RP fundamental no processo de elaboração e condução.

As pesquisas vão mostrar com quais públicos ele está a lidar, além de mostrar tendências e preferências do mercado. Assim, as acções tomadas na empresa terão mais potencial de dar certo, pois serão baseadas em factos.


Gerir contatos e relacionamentos

Uma empresa precisa de bons relacionamentos. E, afinal, isso não poderia deixar de ser tarefa de um relações públicas, não é mesmo?

É importante ressaltar que quando falamos relacionamentos, no plural, tem um bom motivo. Uma organização não se relaciona com um único grupo de pessoas. São vários grupos, que chamamos de públicos. Por isso, são estabelecidas relações diversas e interconectadas entre as organizações e seus públicos.

Quais públicos são esses? Podemos dividi-los em três grandes grupos:

1- comunidade interna, ou seja, os colaboradores;
2- comunidade externa, que inclui os consumidores, potenciais clientes, apreciadores dos produtos e quaisquer outras pessoas que, de alguma forma, se relacionem com a empresa e/ou com a marca;
3- media, que são os veículos de comunicação e as pessoas que os representam.

Todos esses públicos devem ser cuidadosamente trabalhados através de networking, parcerias e acções estratégicas.

Produção de conteúdo


Sim, a produção de conteúdos está ligada ao trabalho de relações públicas.

Escrever conteúdo faz parte da rotina de um RP. Mas, é claro, o processo de produção de conteúdo não está restrito a isso.

O RP consegue ter uma compreensão da linguagem e posicionamento da marca e transmiti-la em diferentes canais, tanto internos quanto externos.

Apesar de o RP não ser responsável por toda a produção de conteúdo, ele cuida de todo o processo que engloba blogs, redes sociais, sites e vídeos, bem como a publicação de materiais sobre a empresa em veículos externos.

Gerir crises

Nenhuma empresa está isenta de erros e, consequentemente, de críticas e crises, sejam elas internas ou externas.

O RP tem que lidar com as reações adversas e controlar os danos, trabalhando a situação da melhor forma possível para que ela não gere consequências graves para a organização.

Lidar com opiniões, comentários e críticas

Esse tópico está relacionado ao anterior.

Actualmente, é ainda mais fácil que as pessoas expressem suas opiniões. Isso é muito positivo, tanto para consumidores quanto para empresas, para que o relacionamento se estreite e ambos consigam uma compreensão mútua.

Ao mesmo tempo, a facilidade dos usuários expressarem suas opiniões pode gerar cenários inesperados para a empresa.

Responder comentários positivos é tranquilo, mas opiniões negativas não são tão simples assim.

A velocidade e publicidade das redes sociais e de sites de reclamações, por exemplo, fazem com que o tempo de resposta tenha que ser acelerado. E vai muito além disso: o cuidado na linguagem, com as informações passadas e com o envolvimento de outras pessoas é crucial.

Aceitar opiniões e críticas e resolver as situações advindas delas pode ser bem mais complexo do que se imagina.

E a parte mais difícil envolve antecipar os impactos de acções. Muito mais do que lidar com críticas, o RP tem que supor que toda acção da empresa terá reações. É seu dever antecipar cenário e prevenir situações desagradáveis.

Considerações Finais


Um trabalho de relações bem-feito é aquele que ajuda o público a entender uma empresa, seus valores, seus objectivos e o que ela tem a oferecer. Mas qualquer bom profissional de marketing pode ler essa frase e se identificar com ela.

De facto, essas duas actividades se aproximam. Ambas têm o objectivo de estabelecer relações de confiança e troca entre empresa e públicos através do encantamento. E o mais importante: elas proporcionam benefícios duradouros.

Mas cada uma delas tem sua própria lógica de funcionamento.

As relações públicas funcionam de forma mais directa, logística e estratégica. Já o marketing actua principalmente com o novo e o arriscado, e com elementos indiretos. Mas o importante é que ambos são importantes para uma empresa e é fundamental que as equipas trabalhem juntas.

Podemos pensar que, enquanto um RP trabalha de forma directa com os colaboradores, o profissional de marketing está preocupado com estratégias de endomarketing, por exemplo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

RELAÇÕES PÚBLICAS - UMA DAS MÁGICAS DAS CIÊNCIAS DA COMUNICACÃO

"Relações Públicas é um processo estratégico de comunicação que constrói relacções (PONTE) de benefício mútuo entre as organizações e seus públicos".



Todo negócio precisa de uma boa reputação para ter sucesso e prosperar. Na medida que uma empresa cresce, ela tem cada vez mais destaque na comunidade em que está inserida.

E embora isso dependa de diversos factores, como qualidade e confiabilidade, as Relações Públicas são um dos pilares para gerir reputação de uma empresa.

Ela permite comunicar sua marca e seus valores de forma ampla e criar narrativas em torno de seus produtos e serviços.

Um trabalho de Relações Públicas bem-feito permite que o público compreenda o que sua empresa tem a oferecer. Parece incrível, certo? Mas você sabe o que são  Relações Públicas?

Os estudos em Ciênicas da Comunicação  são divididos em vários campos como: jornalismo, Acessoria de Imprensa, publicidade e Relações Públicas (carinhosamente abreviadas como RP).

E embora muita gente saiba — ou, pelo menos, tenha uma nocção — do que faz um jornalista ou um publicitário, frequentemente surge a questão: o que exatamente um profissional de relações públicas faz?

Esse é o assunto que vamos tratar neste post!

Você vai entender:
O que é relações públicas
Como surgiram as relações públicas
O que faz o profissional de RP
O que é relações públicas no marketing
Mercado de trabalho
Como é o curso relações públicas
O que é relações públicas?

De forma simples, a PRSA (Sociedade Americana de Relações Públicas) definiu as Relações Públicas como um processo estratégico de comunicação que constrói relações de benefício mútuo entre as organizações e seus públicos.


Vamos desvendar isso para facilitar o entendimento e conhecer melhor os elementos definidores de RP.

1- Organizações: um agrupamento de pessoas em torno de uma causa comum. Uma organização pode ser uma empresa, um governo, um partido, ou seja, pode assumir várias formas.

2- Públicos: assim como as organizações, os públicos são múltiplos e abarcam em si diversos recortes sociais. Podemos pensá-los como agrupamentos de pessoas que interagem com uma determinada organização.

3- Processo comunicacional: como toda forma de comunicação, a actividade de RP envolve pelo menos duas partes (na prática, são múltiplas partes). Essas partes, que são as organizações e os públicos, se relacionam de formas diferentes para estabelecer processos de troca.

4- Processos não lineares: muito pelo contrário: eles acontecem de forma espontânea e multilateral. As relações públicas surgem como uma forma de compreendê-los e optimizar o relacionamento entre os vários agentes envolvidos.

5- Relações de troca: organizações e públicos se relacionam o tempo todo por diversas dinâmicas que podem agregar valor a ambas as partes.

Nesse sentido, as Relações Públicas surgem como forma de organizar as relações e processos de troca entre organizações e públicos, gerando benefício e valor para ambas as partes.

As organizações se beneficiam na medida em que conseguem transmitir sua mensagem e gerar uma percepção positiva de marca e serviços.

Já os públicos conseguem ter uma visão mais transparente das organizações e cobrá-las pelos serviços oferecidos e posicionamentos feitos.


Como surgiram as relações públicas?


Um dos maiores percursores das relações públicas, James E. Grunig, aponta que a aristocracia chinesa já praticava uma forma rudimentar de relações públicas há cinco mil anos.

Mas as relações públicas como campo profissional são estudadas a partir do início do século XX, ou seja, há cerca de 100 anos.

Como podemos ver, esse campo de estudo é relativamente recente.

Ele surgiu nos EUA a partir da necessidade que as empresas viram de se comunicar com seus públicos para gerar uma imagem positiva. Naquela época, estava em andamento uma era acelerada de crescimento, marcada pela mecanização dos processos e exploração dos trabalhadores.

O movimento operário estava cada vez mais articulado e manifestava-se contra as grandes empresas. Com isso, essas empresas sentiram a necessidade de comunicar uma imagem melhor aos públicos.

O primeiro profissional de relações públicas que os estudiosos em comunicação consideram é Ivy Lee. De facto, ele é considerado o pai das relações públicas.



Ivy Lee fundou seu próprio escritório de relações públicas e trabalhou para grandes empresas para melhorar sua imagem e aumentar seus lucros. Ele reinventou a forma como as organizações se colocavam no mundo.

Ele pregava a humanização dos modelos de negócio e defendia a transparência, pregando a máxima: “O público deve ser informado”.

Isso sedimenta até hoje a forma como as relações públicas são vistas pelos estudiosos em comunicação: uma actividade para optimizar a relação entre públicos e empresas, com o objectivo de melhorar a experiência desses públicos.

Por ser uma área nova — não existia o curso nas Universidades e nenhuma forma de especialização — as relações públicas foram construídas a partir da prática.

Pelo mesmo motivo, os profissionais que trabalhavam para empresas nessa função tinham outras formações, principalmente relacionadas com as áreas de administração e gestão.

Assim, as relações públicas — que nem recebiam esse nome — surgiram como um cargo técnico e focado num aspecto de gestãol.

Com a evolução do campo, surgiu a necessidade de organizar os estudos para preparar novos profissionais.

O que faz o profissional de relações públicas?

A resposta está no próximo post... Até lá boa leitura!

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